terça-feira, 6 de setembro de 2011

Onde você passa suas férias?

Por Vinicius Takacs

Caption: August 30, An Nawfiliyah, Libya. Chris Jeon, 21, decided to travel to Libya to join the rebels for the last month and a half of his summer vacation. He is entering his senior year at University of California - Los Angeles, where he is studying math. Here he is surrounded by fellow rebels who are amassing about 130 km from Col Muammar Qaddafi's hometown and stronghold.         Photo: Bradley Hope/The National

Seu nome é Chris Jeon. Ou Ahmed El Maghrabi Saidi Barga. Este foi o nome que este jovem de 21 anos, que cursa Matemática na faculdade de UCLA, nos EUA, ganhou de seus amigos líbios.

Ou melhor, amigos rebeldes líbios. Exatamente. Jeon decidiu passar suas férias ao lado dos combatentes, gastando oitocentos dólares com uma passagem só de ida até o Cairo e depois entrando ilegalmente na Líbia, onde ganhou armamento de seus novos amigos.

Não sabendo falar árabe, Jeon se comunica através de sinais e um pouco de italiano.

“Durante um feriado eu falei para meus amigos o quão divertido poderia ser lutar ao lado dos rebeldes” ele contou para seu professor na faculdade, a quem confidencia seus atos.

Ainda mais, Jeon já disse que só pretende voltar para casa após terminar de ajudar seus amigos líbios, pois ainda precisam vencer a guarda real de Kadafi em Sirte, ao norte do país.

Seus pais, até o momento, ainda não sabiam de tal viajem de Jeon, que diz estar tranquilo em relação ao combates, por acreditar no destino.

Veja a matéria completa aqui.

E você aí, jogando Call of Duty ou pensando em passas as férias na Disney. Francamente…

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Outros piratas

Por Vinicius Takacs

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Os chamados piratas somalis muito frequentemente chamam a atenção da mídia em suas ações, em especial a mídia americana e europeia.

Este documentário, passado para mim por dica de Thalita Pimenta, nos mostra outro ponto de vista, nos levando a perguntar quem são os verdadeiros piratas.

Infelizmente, por incompatibilidade de sistemas, não consegui publicar o vídeo diretamente aqui no Caos, mas o link para o original está logo abaixo:

¡Piratas! - 8 Translation(s) | dotSUB

Não deixem de expressar suas opiniões aqui nos comentários!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mais uma queda. Sua culpa.

Por Vinicius Takacs

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Os rebeldes líbios já controlam 95% do país, de acordo com esta notícia.

Pode-se ver e até mesmo sentir a revolta irradiada por essas pessoas ao assisti-las destruindo imagens de Kadhafi e tomando seus locais de poder. Veja este vídeo.

"Quem governa a Líbia é quem controla Bab al-Aziziya, e isso é o que importa", disse o coronel Abdallah Abu Afra, em uma referência à fortaleza de Kadhafi em Trípoli, tomada pelos rebeldes na véspera.

Imagem do mapa

O ex-ditador (sim, já o enxergo como ex), por sua vez, permanece escondido e diz que continuará sua luta até voltar ao poder ou morrer tentando. Importante ressaltar que forças leais a Kadhafi permanecem executando ações contra a capital, mesmo com a tomada dos rebeldes.

Forças da OTAN buscam por Kadhafi e permanecem apoiando o Conselho Nacional de Trasição e seus rebeldes. Interessante notar esse novo papel da OTAN, fugindo de seu princípio primário, até mesmo para que não entre em extinção.

Mesmo negando por hora a implantação de bases entrangeiras no país, creio que um novo governo não tardará em aceitar tal proposta, aumentando ainda mais a influência estrangeira no local.

Influência essa que creio ser um dos motivos para as quedas de poder que o mundo árabe vem mostrando ao mundo. Nós, ocidentais, sempre pregamos nosso estilo de vida como o melhor, mais correto. Mesmo acreditando ser um processo natural em toda civilização, é interessante notar como todos fazemos parte deste sistema, como também somos co-responsáveis pelos últimos acontecimentos.

Esperemos que este período de transição seja o menos violento possível, e que a disputa pelo poder em aberto seja de certa forma baseada realmente em novos princípios, novos horizontes.

Não deixe de comentar sua visão sobre o caso!

Faça-se o Caos!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Modernos

Por Vinicius Takacs

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Enquanto Merkel e Sarkozy se reunem para tentar achar uma fórmula mágica ao recesso europeu, enquanto os Estados Unidos buscam uma solução para evitar mais uma crise econômica mundial, nós, brasileiros, passamos por uma realidade um tanto quanto diferente.

Ao longo de todos esses acontecimentos, nossa presidente Dilma está mais voltada a chamada faxina no congresso. Vemos ministros caindo, outros sendo convocados, escândalos após escândalos. Entendam, essa não é uma crítica ao governo petista em si, pois desde o início da nova república isso é algo recorrente no planalto.

O mais interessante, contudo, é um fato que vai mais além, mais profundamente. Analisando os discursos dos parlamentares, seus movimentos, em especial entre os envolvidos nos escândalos, percebe-se algo um tanto quanto estranho. Ao invés de se preocuparem em resolver os problemas, esclarecer os pontos errantes, vemos movimentos de tentativas para a manutenção de poder. A liderança do PR (um dos partidos mais envolvidos nos escândalos), por exemplo, passou a se determinar um partido independente, ou seja, não faz mais parte da parte governista e também não é parte da oposição.

Vejam como funcionam as coisas no planalto. Há erros, há escândalos, há corrupção, e aqueles que são os causadores de tudo isso, acabam por se posicionar como grande vítima da história toda, como se tivessem sidos injustiçados por perder cargos importantes no governo, por terem perdido poder.

Há países em que casos como esses levam algumas pessoas ligadas ao poder até mesmo ao suicídio, tamanha a vergonha que sentem por terem se envolvido em corrupção. Aqui não. Aqui os envolvidos começam a executar manobrar dentro do planalto para que a governabilidade se torne algo impraticável. Ou seja, mandam um aviso claro ao governante de que é melhor deixar a sujeira embaixo do tapete, para que consiga executar qualquer tipo de trabalho no congresso, pois caso esses partidos percam seu poder dentro do governo, também travarão seus processos dentro das casas legislativas.

Vejam o caso do PMDB por exemplo, partido de nosso vice-presidente. Nacionalmente, se diz a favor da base governista, aliado ao PT. Em São Paulo, contudo, é aliado declarado do PSDB, partido líder e detentor do governo do estado.

Pois é caros leitores, por isso entitulei essa postagem como “Modernos”. Pois essas são características de Estados modernos. A falta de confiança na totalidade de suas instituições, as preocupações sendo primariamente, se não totalmente, apenas em assuntos internos. Ficamos felizes em ver uma empresa automobilística chinesa anunciar que implementará fábricas no Brasil, ao invés de cobrarmos e trabalharmos para que empresas brasileiras alcancem esse porte.

Como citei ao início deste texto, Estados pós-modernos tem uma preocupação que exterioriza suas fronteiras, pois já aprenderam como trabalhar internamente.

O chamado primeiro mundo já chegou no Brasil, e cada vez aparece com mais força. Mas será que o Brasil chegará ao primeiro mundo também?

Faça-se o Caos!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TPI & TIJ

Por Vinicius Takacs

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Com os crescentes julgamentos de crimes contra a humanidade, em especial após as diversas revoltas árabes e o atentado na Noruega, vejo muita gente falando sobre o Tribunal Penal Internacional e o Tribunal Internacional de Justiça. Porém, você sabe a diferença entre eles, que tipos de casos cada um trata?

O Tribunal Penal Internacional é uma corte permanente, criada em julho de 2002, totalmente independente da ONU, cujo objetivo é julgar indivíduos acusados de crimes contra a humanidade. Atualmente, conta com 116 países signatários, através do Estatuto de Roma, tendo sua sede em Haia, na Holanda.

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Em verde, os Estados signatários; em laranja, os Estados que não reconhecem o TPI. Fonte: Wikipedia

Para visitar o site do TPI, clique aqui.

Para acessar o Estatuto de Roma do MRI, clique aqui.

Por sua vez, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), é o principal órgão jurídico da ONU, sendo criada em 1946. Também chamada de Corte Internacional, é de sua responsabilidade o julgamento de disputa entre Estados, assim como a interpretação de tratados. Portanto, o TJI não julga indivíduos, como o TPI. Sua sede também fica em Haia, na Holanda.

Para visitar o site do TIJ, clique aqui.

Até a próxima!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vendetta?

Por Vinicius Takacs

Fonte: Folha Online

Mark Duggan, 29 anos. Morto por policiais da Scotland Yard na última quinta feira em Tottenham, norte de Londres, durante uma abordagem da unidade policial que investiga crimes com armas de fogo.

No sábado posterior ao acontecimento, começaram a eclodir revoltas populares, se espalhando rapidamente por toda capital britânica, e posteriormente até mesmo em outras cidades. inter11(22)

Grupos de jovens ateam fogo a lojas, carros, saqueiam lojas levando roupas, equipamentos eletrônicos e bebidas e entram em confronto direto com a polícia, que por sua vez, responde aumentando o efetivo policial nas ruas.

As autoridades David Cameron (premiê) e Boris Johnson (prefeito de Londres), interromperam suas férias para tentarem encontrar uma solução para os conflitos, e categorizaram tais acontecimentos como repugnantes.

Parte dos opositores acusam o governo britânico de cortar benefícios e programas sociais das comunidades carentes, o que estaria agravando a situação.

Perante tais fatos, pensemos. Dentro de um Estado moderno ou pós moderno, qual o papel da polícia dentro da sociedade? Não é o de nos prevenir contra nós mesmos? Lembremos do Estado de Natureza de Hobbes, que demonstra que nos unimos para nos protegermos. Pois bem, se abdicamos de nosso poder pessoal para o bem comunitário, em prol do Todo, por qual razão nos rebelamos contra tal acordo?

É engraçado como a maioria das pessoas agem ao presenciarem ataques como os acontecidos ainda há pouco na Noruega ou até mesmo no último massacre na escola fluminense, que deixou nossa nação em choque, e culpamos esses detentores legítimos da força por não nos terem protegido. Ressalto, nos protegido de nós mesmos.

Então, um grupo qualquer de pessoas revoltadas com sabe-se lá com o que aproveita uma situação como essa e cria cenas como as que podemos ver nos telejornais. Como pode um grupo que saqueia, destroe e não está disposto ao diálogo requerer qualquer tipo de benfeitoria? Destroem aquilo que outros lutaram para conseguir e ainda assim se julgam corretos?

Pensemos a respeito, pois esse não é um comportamento exclusivo da sociedade britânica, apenas nos acostumamos a olhar os outros mais do que a nós mesmos.

Diga o que pensa a respeito. O campo de comentários é seu!

Faça-se o Caos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sobre o Conselho de Segurança da ONU

Por Vinicius Takacs

Caros leitores,

Nesta postagem, convido vocês para uma leitura um tanto quanto diferente. Neste meu trabalho, apresento uma visão diferenciada sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas, tentando demonstrar o quanto ele é ineficaz em seus propósitos.

Defendendo a ideia de que a soberania dos Estados sempre acaba falando mais alto, creio ser um material rico para a criação de debates. Fiquem a vontade para usar os comentários para qualquer tipo de sugestão, crítica ou elogio.

O vídeo abaixo é a introdução para o trabalho, e seu download está disponível logo a seguir. Espero que gostem!

Para o download do trabalho completo, clique aqui.